segunda-feira, 25 de abril de 2011

Novos Bebês

Senhoras e senhores, meninos e meninas, é o seguinte: os casais de hoje me assustam. Não exagero nem diminuo quando confesso isso a vocês, mas hoje em dia tem cada tendência - prefiro não utilizar o termo "moda" - que faz com que eu me sinta na idade da pedra ou até bem cafona, se me permitem dizer. E um destes costumes que já está em alta a um certo tempo, é a opção por não ter filhos. Antes de mais nada, quero agradecer a minha colega de faculdade Paula Lessa por me mostrar um texto, de sua autoria, sobre o mesmo assunto, que me serviu de inspiração para escrever sobre a mesma questão. 
Criar filhos hoje em dia, realmente está uma tarefa muito difícil. Quando me refiro em "criar" quero dizer uma educação sadia e saudável para a criança, quero dizer, para que ela possa se tornar um adulto honesto e de bom caráter. Porém, não podemos deixar de considerar que por mais que esteja difícil, um filho é algo muito recompensador emocionalmente; famílias perfeitas não existem, sempre há problemas por menores que sejam, mas uma criança pode contribuir muito para a harmonia de um lar, seja com união, diversão, lazer, tudo isto pode ser obtido perfeitamente.
Outra questão que gera muitas discussões, é a profissão na qual a criança irá escolher. Muitos pais decidem ainda na infância de seus filhos, a profissão que irão tomar. Alguns conseguem ser bem sucedidos profissional e emocionalmente com tal escolha, entretanto, os efeitos disso podem ser catastróficos. Acredito que esta decisão cabe aos próprios filhos e deve ser preservada sempre, por que é como dizem: a profissão é como um casamento, a diferença é que não há divórcio. E se esta esposa não lhe agradar...bom aí é outra história. O mesmo acontece quando o assunto é a religião; a maioria dos praticantes de cada doutrina educam seus filhos de acordo com sua cultura religiosa - obviamente - mas ainda sou a favor de nenhuma represália caso ele queira seguir ensinamentos diferentes ou ainda sim, optar por não ter nenhuma disciplina religiosa.
Levando para o lado estético, em uma gravidez quem mais sente os efeitos visuais de carregar um bebê durante 9 meses é a mulher, é claro, mas vamos falar sobre o pós operatório. Algumas mulheres conseguem voltar perfeitamente ao que eram antes de engravidar - à sua forma normal, quero dizer - já outras, por engordarem muito ou alguma outra razão, acabam ficando com baixa auto estima devido à sua forma atual. Mas venhamos e convenhamos, quando se tem um filho, esse tipo de preocupação não deveria vir tão cedo não é? O que realmente é algo preocupante, é a parte escolar hoje em dia. 
É uma árdua e exaustiva tarefa, principalmente se a criança não conseguir se dar bem com o meio da instituição em que está e também ela não conseguir se relacionar com as crianças que convive.  Porém, apesar desses riscos, crianças são muito mais fáceis de se socializarem entre si do que os próprios adolescentes e adultos (palavra de quem passou por tal experiência). Entretanto, passando a infância, chega o que para muitos pais é a prova de choque na criação de qualquer filho: a adolescência.
Também conhecida por "aborrecência", é o período mais delicado de qualquer pessoa, mas por mais que seja algo repugnante ou assustador para alguns, acredite: não há fase na vida em que os pais são tão fundamentais quanto agora. As dúvidas são infinitas, os problemas então, inúmeros; sem falar do primeiro amor, primeira briga, primeiro emprego, escolha de profissão e eticétera e coisa tal e tal e coisa. É aquela fase em que seus filhos vão odiar muito você pai ou você mãe, mas também é aquela fase em que todo esse ódio, pode estar subliminarmente disfarçado um desejo daquele abraço que só os pais sabem dar.
Criar filhos é difícil, mas não é um bicho de sete cabeças. Esse mundo é enorme, sempre tem espaço para mais um. Se pararmos para pensar, quando partirmos dessa para a melhor de todas, para quem deixaremos tudo que adquirimos ao longo de nossas vidas? Quem cuidará de nós um pouco antes dessa fase chegar? Quem irá dar continuidade à família que criamos? O governo? Acho que não. Ajudei a criar um bebê a um certo tempo atrás (meu irmão) e vi que realmente o bicho pega, mas a diversão de um bebê tomando banho e lhe dando um banho da mesma água por exemplo, é simplesmente impagável. Mas é claro que para ter um filho, é necessário ter as condições certas, a mudança de rotina é radical. E tudo pode valer a pena, depende únicamente de você.

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